domingo, 4 de novembro de 2012

Nzóji


No decorrer da nossa vida, somos constantemente confrontados por desejos, sonhos e desafios.


Desejos: não passam disso mesmo...desejos


Sonhos: talvez por magia, um dia se realizem....


Desafios: com o passar dos anos, vamos tendo capacidade (ou não) de os superar...


Estou feliz... o sonho (Nzóji) de tantos anos tornou-se uma realidade.

Foi a concretização de um sonho de criança que amadureceu comigo...


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Recordar é...

Entusiasmada pela recente navegação cibernáutica no facebook, vejo-me "prisioneira" na pesquisa de artigos e vídeos que me envolvem de imensas recordações do passado. Como foi fantástica a minha "meninice"...
Ao rever essas imagens e músicas, dou por mim a cantarolar os refrões, tal Pai Nosso que fica para sempre gravado como uma lenga-lenga na nossa memória...
Está a servir de terapia para estimular as emoções que pensava estarem perdidas no tempo.
É bom recordar...

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Baleal - Refúgio Solitário


Tive a sorte de um dia ter "ancorado" neste local...


Há muitos anos atrás, quando a minha juventude ainda permitia pequenas escapadelas para fora do seio familiar, quis o destino que eu assumisse para sempre o compromisso de ficar eternamente apaixonada por esta paisagem de inesgotável imensidão e que tem a capacidade de me aconchegar em alturas em que o meu mundo parece estar a desabar.


Apesar de gostar de partilhar este local com todos aqueles que me são próximos (por razões várias...) não consigo deixar de sentir que existe ali um bocadinho que é só meu e que me transmite algo de transcendente que me dá forças para seguir o meu caminho...

domingo, 27 de dezembro de 2009

Trastevere - Como que um conto de fadas

Em Trastevere, na margem oeste do rio Tibre, somos defrontados com a beleza de um dos bairros mais fascinantes de Roma. As pontes que cruzam o Tibre são como que o aperitivo de prenúncio do ambiente melancólico que nos envolve de uma forma sombria, mas ao mesmo tempo apaixonante.

Reza a lenda que foi neste rio que flutuou o cesto que transportava os gêmeos recém-nascidos Rómulo e Remo, condenados à morte pelo rei Amúlio, que temia que os irmãos o destronassem um dia...Parando junto às raízes de uma figueira foram acolhidos por uma loba. Então já adultos, deram origem à magnífica Roma

É um lugar encantador que nos leva a viajar, mais uma vez, pelo nosso imaginário das histórias do Era uma vez...

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Florbela Espanca
(Flor Bela de Alma da Conceição).
A sua vida de trinta e seis anos foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade. (wikipedia)
Por ter chegado aos 36 anos e por me identificar em muita das palavras escritas pela Florbela Espanca, quero partilhar um dos muitos poemas onde me revejo em muitas fases da minha vida:
Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

Florbela Espanca

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Demos uma volta de 360º, ou continuamos na mesma??

"Um povo imbecilizado e resignado,humilde e macambúzio,fatalista e sonâmbulo,burro de carga,besta de nora,aguentando pauladas,sacos de vergonhas,feixes de misérias,sem uma rebelião,um mostrar de dentes,a energia dum coice,pois que nem já com as orelhasé capaz de sacudir as moscas;um povo em catalepsia ambulante,não se lembrando nem donde vem,nem onde está,nem para onde vai;um povo, enfim,que eu adoro,porque sofre e é bom,e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misteriosoda alma nacional,reflexo de astro em silêncio escurode lagoa morta (...) Uma burguesia,cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal,sem palavras,sem vergonha,sem carácter,havendo homensque, honrados (?) na vida íntima,descambam na vida públicaem pantomineiros e sevandijas,capazes de toda a veniaga e toda a infâmia,da mentira à falsificação,da violência ao roubo,donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral,escândalos monstruosos,absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...) Um poder legislativo,esfregão de cozinha do executivo;este criado de quarto do moderador;e este, finalmente, tornado absolutopela abdicação unânime do país,e exercido ao acaso da herança,pelo primeiro que sai dum ventre- como da roda duma lotaria.A justiça ao arbítrio da Política,torcendo-lhe a varaao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...),sem ideias,sem planos,sem convicções,incapazes (...)vivendo ambos do mesmo utilitarismocéptico e pervertido, análogos nas palavras,idênticos nos actos,iguais um ao outrocomo duas metades do mesmo zero,e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento,de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)"
Guerra Junqueiro, in "Pátria", 1896

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Lost in the darkness

Como se consegue explicar a sensação de tantas vezes nos sentirmos perdidos na escuridão?
Vivemos experiências, boas e más, que ficam gravadas na nossa memória para todo o sempre. Umas são recordadas com saudade, outras são como que fantasmas que nos assombram com o objectivo de nos "lembrarem" que a felicidade é um acontecimento pontual e passageiro.

Os anos passam com uma rapidez alucinante, repletos de perdas, "desconquistas" e desilusões, intercalados por alguns breves momentos de alegria.

São os momentos menos bons que nos fazem crescer e envelhecer, pois a sua permanência no tempo é longa enquanto que os bons momentos passam a correr nossa maior vontade é de ver pertencer ao passado é bem maior que os momentos bons, que o nosso desejo é emos que esse tempo não

Continuo a acreditar (?) que estes maus momentos permitem fortalecer capacidades intrínsecas que desconhecíamos possuir, e que nos vão surpreendendo quando somos confrontados com novos desafios.

Espero um dia vir a sentir que as coisas boas também contribuem para um futuro melhor...